sexta-feira, 31 de julho de 2009

Escrevi faz tempo... e nem entendo mais o que sentia quado escrevi.


Tão linda e tão imperfeita a existência
aquela que é mútua com a inexistência
a inexistência de perfeição
a inexistência de soluções
a falta de soluções que enlouquecem o existir
o cárcere da busca da felicidade, a rua sem saída da fuga pela solução
a loucura da diferença
o desigual que permite a inexistência de soluções
o desigual que se não existisse, seria a solução
será?
Algum desejo real de solução?
O desigual são dois espelhos refletindo sem ordenação
mostra-me o certo, mostra-me o feliz
mostra-me o errado, mostra-me minha imagem
pois não mostra o real?
o real é diferente em cada espelho
apesar de ser igual em todos, a reflexão não
A eterna busca de soluções para tudo...
a infindável esperança, e mais infindável ainda desesperança do mudar
o mudar que muda para cada um
o mudar que torna tudo desigual
o desigual que não é ruim,
mas cujos problemas são de sua responsabilidade
problemas que só são gerados pela corrida atrás de problemas
não existe solução geral
existe solução real
mas esta, por ser real, não soluciona
o que vale é fazer algo
algo que pareça ser certo... mesmo que não adiante nada
mesmo que o acertando seja o errando para outrem
tão lindo, tão desfigurado, tão simples, tão enlouquecedor o caminho
o caminho marcado, o caminho a se fazer
tudo aparentemente tão imperfeito, tudo demasiadamente perfeito.

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