quinta-feira, 29 de abril de 2010

E começo a deixar pra lá muitas coisas...

só eu saberei o resultado.

sábado, 24 de abril de 2010

"Sou de uma seita engraçada
que adora não fazer nada.
E atiro serpentinas
para enfeitar a vida
numa anarquia de menina
repentina alegria incontida."

quarta-feira, 14 de abril de 2010

para uma nova gramática:

imagine um sentimento água. um sentimento árvore. uma agonia vidro. uma emoção céu. uma espera pedra. um amor manga. um colorido vento sul. um jeito casa de ser. uma forma líquida de pensar. uma vida paredes. uma existência mar. uma solidão cordilheira. uma alegria pássaro em chuva fina. uma perda corpo.

acho que hoje acordei semente. tenho andado muito temporal. minha irmã vive um momento tudo. a vida ás vezes transborda pelos poros. me atinge um estado livro. aurora em meus joelhos. tem pessoas ponte. algumas carregam a gravidade nas costas. já conheci gente buraco negro. eu amo o instante limo. tem um branco em mim. a vida me urca. sofro de saudade anônima. palavras me beijam a boca.

Viviane Mosé.

You gotta be crazy - Pink Floyd

You gotta be crazy, you gotta be mean
You gotta keep your kids and your car clean
You gotta keep climbing, you gotta keep fit
You gotta keep smiling, you gotta eat shit

You gotta be small to be a big shot
You gotta eat meat to stay at the top
You gotta be trusted, gotta tell lies
You gotta be able to narrow your eyes

You gotta beleive they've gotta beleive you
You gotta appear easy to see through
Gotta be sure you look good on the TV
Gotta resemble a human being

You gotta keep one eye over your shoulder
Gonna get harder as you get older
Gotta fly south and hide in the sand
Gotta forget that you're gonna get cancer

And when you loose control
You'll reap the harvest you have sown
And as the fear grows
The bad blood slows and turns to stone

And it's too late to loose the weight
You used to need to throw around
So have a good drown
As you go down
Alone
Dragged down by the stone

Gotta be sure, you gotta be quick
Gotta divide the tame from the sick
Gotta keep some of us docile and fit
You gotta keep everyone burying this shit

You gotta get you started early
Processed by the time you're thirty
Work like fuck 'till you're sixty five
And then your time's your own until you die

I gotta admit to a lot of confusion
Pain in the head is the child of collusion
Gotta resist the creeping malaise
You gotta beleive in the way you get out of the maze

But you, you just keep on pretending
You can tell a sucker from a friend
But you still raise the knife to
Stranger, lover, friend and foe alike

Who was born in a house full of pain
Who was sent out to play on his own
Who was raised on a diet of shame
Who was trained not to spit in the fan
Who was told what to do by the man
Who was broken by trained personnel
Who was fitted with bridle and bit
Who was given a seat in the stand
Who was forcing his way to the rails
Who was offered a place on the board
Who was only a stranger at home
Who was ground down in the end
Who was found dead on the phone
Who was dragged down by the stone

Outono... como eu amo.


Confio, confio mesmo, nos artistas. Não por serem mais confiáveis. Mas por serem totalmente desconfiáveis. Assim, confio neles. Não por ufanarem verdades, mas por se permitirem falsear. Por se permitirem alardear-amar-errar-pecar. Por se permitirem a não verdade, e todas as verdades, e todas as inexistentes, aceitar. Confio em mim, artista. Artista de falácia, artista de palhaça. Artista de graça. De praça. De massa (de pão). Oras, eu sinto... e digo... e penso: Para mim a verdade de cientistas, e sua defesa inexorável dos métodos, da racionalidade e religiosos da tal dona dogma, é simplesmente essa verdade, uma das milhares de estrelas querendo virar único sol. Ou seja, é verdade. Aquela única. Não.
Às vezes não tem problema em deixar-se sentir chateado. Mesmo que, pensando, não devamos esperar nada das pessoas. Só que existe aquele mínimo (que consideramos como educação) que todos esperam. Sim, nem isso deveríamos esperar... mas qual o problema também se esperamos? A única consequência é essa chateação. Não tem problema sentí-la às vezes. É um pouco de defesa... nada de mais.

Ok, também sou humana. Ok, também sou animal. Ok, também posso ser irracional e não entender os outros. Por um momento que seja.

Mas estou feliz. É que minha escrita acontece mais em momentos emocionais chateados... ou sei lá, uns parecidos com esses.

Como observação, não acho que esperança seja uma coisa boa. É útil às vezes, mas não a longo prazo. Sou adepta de ver as coisas numa áurea que julgo como realidade (o que pode nem ser).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O sentido é me divertir!
Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e isto é tudo
É sobretudo a lei
Da infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway

Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que uma banda nunca canta sem razão
Me diga, garota: será a estrada uma prisão?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
"Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre"
Se tanta gente vive sem ter como viver

Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde quer chegar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway

Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo
"não corra, não morra, não fume"
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes

Minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato:
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato
Eu posso ser um Beatle, um beatnik
Ou um bitolado
Mas eu não sou ator
Eu não tô à toa do teu lado
Por isso, garota, façamos um pacto
De não usar a highway pra causar impacto

Cento e dez, cento e vinte
Cento e sessenta
Só prá ver até quando o motor agüenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway


- Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii