Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Ah, lógica desnecessária.. sabes que não me agradas, e muito menos existes. Ide aos Céus, aqui não te quero.
domingo, 28 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Hoje eu vou cuidar de meu jardim
Hoje as flores vão dançar sobre a terra
e as folhas cantar aos nossos ouvidos
Hoje, eu vou olhar minhas mãos
Vou fazer um carinho
Hoje, carregarei areia entre os pés
Quero me deitar, agora
Não pertuba-me o desconhecido
Hoje, vou mergulhar em meus riscos
Agora, olhos, lábios, ligam-se ao acaso
Aquecerei-me, entre o amor da vida
Agora, vejo o céu, a Lua
Vejo a terra abraçando o mar
Lembro-me da infância, lembro-me do agora
Lembro-me do depois, escuto o ar
Não é nada demais
Toque-me sua mão à minha
Não digo-lhe paixões, nem digo-lhe adeus
Prometo somente o silêncio de meus olhos
Hoje, vou me lembrar das lágrimas
e das risadas que custaram quedas
Chove, chove lá fora
Vou ficar, com ou sem você
a mão estendida de uma sombra escondida
Abraça, esquenta, canta
Não condiz, não esclarece a idéia
Clareia a figura do sol na parede
Hoje, eu vou até a janela
Quero debruçar-me, deitar-me
Fazer histórias, fazer conversas, amor
Hoje, vou simplesmente dizer
Sonhos de um sono bom
Mergulhado em uma cama dasarrumadamente arrumada
Hoje, minha ordem é o caos
Hoje, vou caminhar ao viver
Lembro-me das pedras
de uma ampulheta que um dia me fez crer
no Nunca, no Sempre, em nós
A música de nossas imagens
O grito de seu espaço, vago
Gostaria de conhecê-la, ao acaso
Cada passo plantado
Cada amor cultivado
Cada sorriso colhido
Cada abraço alimentando
Hoje, vou sujar as mãos de barro
Hoje, vou banhar-me de Sol
Hoje, sem querer
Hoje, aos joelhos, vou deitar meu olhar
Vou ver as flores cair, Primavera
Hoje eu vou cuidar do meu jardim
----
Texto do meu amigo Bruno G. S. Favaretto, mais conhecido como Beronha ou Pastel. hehe
Hoje as flores vão dançar sobre a terra
e as folhas cantar aos nossos ouvidos
Hoje, eu vou olhar minhas mãos
Vou fazer um carinho
Hoje, carregarei areia entre os pés
Quero me deitar, agora
Não pertuba-me o desconhecido
Hoje, vou mergulhar em meus riscos
Agora, olhos, lábios, ligam-se ao acaso
Aquecerei-me, entre o amor da vida
Agora, vejo o céu, a Lua
Vejo a terra abraçando o mar
Lembro-me da infância, lembro-me do agora
Lembro-me do depois, escuto o ar
Não é nada demais
Toque-me sua mão à minha
Não digo-lhe paixões, nem digo-lhe adeus
Prometo somente o silêncio de meus olhos
Hoje, vou me lembrar das lágrimas
e das risadas que custaram quedas
Chove, chove lá fora
Vou ficar, com ou sem você
a mão estendida de uma sombra escondida
Abraça, esquenta, canta
Não condiz, não esclarece a idéia
Clareia a figura do sol na parede
Hoje, eu vou até a janela
Quero debruçar-me, deitar-me
Fazer histórias, fazer conversas, amor
Hoje, vou simplesmente dizer
Sonhos de um sono bom
Mergulhado em uma cama dasarrumadamente arrumada
Hoje, minha ordem é o caos
Hoje, vou caminhar ao viver
Lembro-me das pedras
de uma ampulheta que um dia me fez crer
no Nunca, no Sempre, em nós
A música de nossas imagens
O grito de seu espaço, vago
Gostaria de conhecê-la, ao acaso
Cada passo plantado
Cada amor cultivado
Cada sorriso colhido
Cada abraço alimentando
Hoje, vou sujar as mãos de barro
Hoje, vou banhar-me de Sol
Hoje, sem querer
Hoje, aos joelhos, vou deitar meu olhar
Vou ver as flores cair, Primavera
Hoje eu vou cuidar do meu jardim
----
Texto do meu amigo Bruno G. S. Favaretto, mais conhecido como Beronha ou Pastel. hehe
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Paciência - Lenine
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida é tão rara...
A vida é tão rara...
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