terça-feira, 29 de junho de 2010

"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?'
Mas perguntam: 'Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?' Somente então é que elas julgam conhecê-lo.
Se dizemos às pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...' elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos contos'. Então elas exclamam: 'Que beleza!' "

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?

Clarice Lispector

domingo, 20 de junho de 2010

"Minha vida...

...se divide em três fases. Na primeira, meu mundo era do tamanho do universo e era habitado por deuses, verdades e absolutos. Na segunda fase meu mundo encolheu, ficou mais modesto e passou a ser habitado por heróis revolucionários que portavam armas e cantavam canções de transformar o mundo. Na terceira fase, mortos os deuses, mortos os heróis, mortas as verdades e os absolutos, meu mundo se encolheu ainda mais e chegou não à sua verdade final mas à sua beleza final: ficou belo e efêmero como uma jabuticabeira florida"

Do Universo à Jabuticabeira - Rubem Alves

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Elis, Elis...

"Em termos de absoluta verdade, não posso negligenciar o que me foi rico na vida.
Cantar não é trabalho: é devoção, é sacerdócio. E ser artista foi o que me deixou de pé.
Foi pra isso que eu vim."

“Tenho o prazer de me danar e me recompor sozinha. Não preciso de muletas.”

"Talvez eu vá morrer, sem nunca entender as pessoas.."