segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A maior parte das frustrações da vida é na verdade derivada de nossas expectativas, ou de nossas ilusões?
Todas as vezes que viajamos ou fazemos uma simples compra de um objeto qualquer criamos expectativas inimagináveis. Um verdadeiro superlativo da imaginação. Acreditamos com plena convicção que aquilo dentro de nossa mente é verdadeiro, o clima estará ótimo, ninguém irá amassar o carro novo, passará com facilidade naquele concurso, seu mestrado será aceito, e, o melhor de todos, não morrerei amanhã. Uma grande cilada. Temos um pavor muito grande de pensar o contrário.
Quando alguém fala, -"amanhã vai chover", já gritam de lá -"fique quieto não está vendo que está "agourando" o dia".
Não se pode aceitar dentro desta análise "ocidental" que quebrem suas "expectativas".
É claro que quanto maior a expectativa maior a frustração.
Caso você não tenha expectativas sobre suas ações e de outras pessoas, menor será sua frustração, esta atitude lhe trará mais clareza para suas atividades, pois a mente estará atenta ao que realmente acontece e não aquilo que sua mente programou para acontecer.
Então, já que a expectativa é desprogramável, curta o dia sem preocupações, simplesmente, relaxe debaixo da chuva ou debaixo do sol, o resultado será o mesmo.
Enfim expectativa é um outro nome para ILUSÃO.


(Texto do meu querido professor de História do Ensino Fundamental, Sr. Paulo Celso)

"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"

"Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você." - Friedrich Nietzsche

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


"Não é preciso ter razão para cantar. Para dar ao corpo uma manhã mais tarde, uma noite mais úmida. Para decorar a letra tremida da carne. Canta-se como uma telha solta do telhado, para se confessar de alegria. Canta-se para não dizer tudo o que resta a dizer. Para não ser dito o que não cabe, para que sejam lidas as labaredas. Canta-se para confundir o pão e os insetos, as mãos e os seios, os joelhos e ladeira da chuva. Canta-se para não dormir durante a leitura. Para roçar um vestido. Para se privar do invisível. Canta-se para não assentar o fundo, para retardar o caminho de regresso. Canta-se para amar o que ainda nem nasceu, para interromper uma recordação triste. Canta-se ainda que sem voz afinada, sem apetite. Canta-se como uma poeira luminosa que sobe dos tapetes e que só é vista na infância ou quando se canta. Canta-se com o relógio de árvore. Com as ervas mastigadas pelas águas, pela extensão dos cabelos. Canta-se pelo silêncio crespo do vinho, pelo vitral que há no vinho. Canta-se pelas pedras onduladas das lâmpadas, para se apoiar na velhice das escadas. Canta-se para ultrapassar a mágoa, para não ter motivos. Canta-se para embaralhar a confiança e a carícia, desobedecer o ventre, injuriar com um beijo. Canta-se para arrumar os ombros, ajeitar a gola, subir na grama. Canta-se para alimentar o que não é letra. Para despedir-se do começo. Canta-se para viver no mesmo dia dos lábios. Pela falta de equilíbrio dos segredos. Canta-se para persistir quando era o momento de se apagar. Canta-se para convencer o passado que ele ainda não imaginou o suficiente. Canta-se para respirar mesmo sem ar. Para respirar debaixo de um corpo." (Fabrício Carpinejar)
"(...) mas preciso de magia. Não consigo viver em preto e branco".
(Friedrich Nietzsche)