sábado, 21 de maio de 2011

é para mim que escrevo
porque esqueço-me todos os dias
em mim conjunturam-se pensamentos, corpo, sensações provindas da química que fazem-se os corpos de todos nós
vezes, em surtos de sanidade que atrapalham a minha amada loucura, tento organizá-los
consigo
quando, enfim, coloco-os em caos novamente
consigo?
ah... pudera eu ter compartilhado álcool com Nietzsche e Sartre
diria-lhes que hoje penso suas palavras em um liquidificador mental
que, para agora minha alegria, não conseguem sempre encaminhar a química de meu corpo
é é deste que lhes falo, a vocês, ao léu
este meu corpo que é sangue, é orgasmo e pensamento
é suor e percepção
e muitas vezes é cárcere dos costumes... sobrepostos desde o nascimento
nego minha educação. Mas, sem querer, sinto nostalgia por vezes
e é isto. Eu digo com convicção, é isto: sou um sobreposto de dias de passados, e novas sensações
desconhecidas, deliciosas
imprevistas
podem putrefar-se
mas estão
lindo!

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